Era doce. Menina-boneca, gostinho doce de mel e olhos com a pureza na medida certa, contrastavam com a malícia do seu sorriso. Suas palavras eram um quebra-cabeça sem muito nexo. Sorrisos de canto de boca, na maioria das vezes falsos. Coração costurado com trapos encontrados nas ruas da vida. E o vento gelado batia no seu rosto para as pessoas verem que seu sorriso era constituído de cicatrizes. E doía. E tudo o que ela tinha pra se cobrir nos dias frios eram um monte de palavras. Seu refúgio eram as letras, as historinhas de ninar.
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